terça-feira, 30 de julho de 2019

Superlotação e interdições: após chacina no Pará, veja quadro em prisões de Minas

Massacre no Norte do país chama a atenção para a pressão na maioria dos presídios mineiros. 'Minas não tem perda de controle, mas caminha para isso', adverte advogado O massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, que deixou mais de 50 mortos, pelo menos 16 deles decapitados, faz soar o alarme sobre a situação no sistema prisional em outros estados, incluindo Minas Gerais, onde a superlotação é realidade na maior parte das unidades. Segundo dados divulgados pelo advogado especialista em assuntos prisionais Fábio Piló, ex-presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB/MG), o estado tem duas vezes mais detentos do que a capacidade de seus presídios: são aproximadamente 77 mil presos para 38 mil vagas. “Minas não tem esse panorama de perda de controle, mas caminha para isso”, alerta. Atualmente, 44,6% das unidades prisionais mineiras estão total ou parcialmente interditadas – ou seja, não podem mais receber internos. 

Criminosos armados furam bloqueio policial, atropelam segurança e são baleados na 050

Duas pessoas morreram na ação criminosa, sendo um dos acusados e um segurança em veículo de escolta armada na pista


Quatro pessoas ficaram feridas durante ocorrência registrada na noite desta segunda-feira (29) no Km 166 da BR-050, em Uberaba. Três dos feridos são suspeitos de praticar assaltos na região e estavam sendo perseguidos pela Polícia Rodoviária Federal quando ocorreu o acidente. Informações obtidas nesta manhã pela PRF dão conta que um criminoso morreu no Hospital de Clínicas da UFTM. Um carro de escolta, que estava na pista durante a perseguição, foi atingido pelo veículo conduzido pelos criminosos. Um dos ocupantes foi atropelado ao tentar sair do carro, recebeu os primeiros socorros, mas não resistiu devido à gravidade dos ferimentos.

Witzel sanciona lei que obriga aula de 'resistência às drogas' em colégios do RJ, dada por PM

Regra vale para unidades privadas e públicas, que deverão procurar os batalhões policiais para inscrição. Autora diz querer fortalecer 'trinômio polícia, escola e família'.


O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), sancionou uma lei que obriga escolas privadas e públicas do Estado a adotarem um programa de "resistência às drogas e à violência". O programa será ministrado por policiais militares, com o auxílio do corpo docente. O aval de Witzel foi publicado nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial do Estado. No início do mês, havia sido apresentado pela deputada Lucinha (PSDB) e aprovado em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Trio é preso após render idoso, amarrar família e roubar sítio em Caeté, na Grande BH

Três homens foram presos por assalto e cárcere privado em Caeté, Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), um idoso, de 80 anos, mexia na horta do sítio em que mora nessa quinta-feira (25), quando bandidos entraram armados e renderam o senhor e a família dele. 
Os suspeitos amarraram os moradores enquanto roubavam o sítio, e depois fugiram em dois carros, sendo um deles pertencente às vítimas. Um vizinho percebeu a movimentação, ajudou a família e acionou a PM, que identificou rapidamente um dos veículos. 
O carro em que estava o trio foi visto no distrito de Rancho Novo. Quando abordados, os suspeitos não obedeceram à ordem de parada e atiraram contra os militares, que responderam. 
Kleiton Daniel Carvalho de Aquino, de 27 anos, foi baleado na coxa e encontrado escondido em um córrego. Wander Prates Oliveira, de 27, e Antonio de Freitas, de 38, foram presos nas imediações. 
Com eles, foram apreendidos dois revolveres calibres 38 e 32. Cerca de 50 itens roubados do sítio foram recuperados.
Itatiaia

Psicóloga alerta para importância de debater a saúde mental de profissionais da segurança

A cada 45 minutos, uma pessoa se mata no Brasil. O país, é o oitavo país com mais suicídios, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Apenas no ano passado, o Centro de Valorização a Vida (CVV), que trabalha com prevenção ao suicídio recebeu mais de 3 milhões de atendimentos.
Em meio aos alarmantes dados, estão os agentes da Segurança Pública, que sofrem com a periculosidade da profissão e a pressão por resultados. Ao longo desta semana, a Itatiaia veiculou reportagens especiais para mostrar como o tema é delicado e pouco abordado.
Pelo menos quatro agentes da segurança pública de Minas tiraram a vida em apenas uma semana, o que chamou atenção para o tema. De acordo com especialistas, o estressa da profissão não é o maior problema, mas sim a falta de mecanismos para coibir o adoecimento dos policiais.
“Eu trabalho sobre um estresse profundo. Eu durmo a poder de remédio. Eu me automedico, às vezes. Alimento-me mal. Durmo mal. Eu tenho que absorver essa energia negativa o máximo que eu puder e tentar não repassá-la para a sociedade, porque eu tenho que ser cordial”, desabafa um profissional que não será identificado.
De acordo com a psicóloga Vivian Zicker, membra da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio, o ato de tirar a própria vida é multifatorial. Ela destaca que os profissionais da segurança são submetidos a enormes pressões.
“Isso potencializa alguns adoecimentos que a agente tem: ansiedade, depressão, síndrome do pânico... Os militares tem uma profissão que não podem expressar fragilidade e medo, então eles acabam ficando mais contidos e guardam para si questões que vão aumentando se não forem tratadas”, destaca.
Vivian Zicker ainda ressalta a importância de falar sobre o suicídio, já que o comportamento pode se manifestar mesmo em pessoas que, aparentemente, estavam bem. “Depois que houve o suicídio, a gente faz uma retrospectiva da vida e percebe que ela deu vários sinais. Isso não é do nada.”
Em nota, o governo de Minas informou que por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), garante o acompanhamento periódico da saúde de todos os agentes e que está trabalhando na melhoria das condições de trabalho dos profissionais que atuam com a segurança pública em Minas Gerais.

Itatiaia

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Juiz bloqueia bens de supostos hackers de Moro

Decisão pela quebra de sigilos dos suspeitos foi tomada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, responsável pelos inquéritos que apuram a invasão de celulares das autoridades

Os quatro presos por suspeita de invadir os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do coordenador da Lava-JatoDeltan Dallagnol, tiveram os sigilos bancários abertos e os bens acima de R$ 10 mil bloqueados. A Polícia Federalafirma ter identificado movimentação atípica nas contas de dois dos suspeitos: de R$ 424 mil em nome do DJ Gustavo Henrique Elias Santos, e de R$ 203 mil na conta de sua mulher, Suelen Priscila de Oliveira.A movimentação do dinheiro na conta de Gustavo, segundo a PF, ocorreu entre abril e junho de 2018, enquanto o valor relacionado à sua mulher, entre março e maio deste ano. O Relatório de Movimentação Financeira aponta ainda que a renda mensal declarada ao bancopelo DJ é de R$ 2.866, e a de Suelen, R$ 2.192. A defesa ainda não comentou sobre os valores.

A decisão pela quebra de sigilos dos suspeitos foi tomada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, responsável pelos inquéritos que apuram a invasão de celulares das autoridades. A Operação Spoofing, da Polícia Federal, prendeu ontem no interior de São Paulo e transferiu para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília o casal Gustavo e Suelen e os amigos Walter Dalgatti Neto e Danilo Cristiano Marques.

O juiz autorizou também busca e apreensão de veículos, computadores, notebooks, HDs, pendrives, CDs e DVDs em endereços frequentados pelos quatro suspeitos de violar as mensagens das autoridades.

Em sua decisão, Vallisney explicou que a Polícia Federal identificou a conexão que levou ao pedido de prisão dos quatro suspeitos a partir do número de celular do ministro Sergio Moro. Segundo a decisão judicial, a manipulação e uso dos números telefônicos das vítimas puderam ser feitos através de serviços de voz ou por aplicativos que modificam o número chamador. 

Assim, os investigadores chegaram a uma rota de interconexão que envolvia a operadora de telefonia Datora Telecomunicações Ltda, detentora da tecnologia conhecida por VOIP, e a microempresa BRVOZ. Por meio dessa microempresa, o "cliente" conseguia realizar chamadas simulando ligações de qualquer número de telefone.

A prisão dos quatro suspeitos é temporária, com duração de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período, para obtenção de provas.

"Com efeito, há fortes indícios de que os investigados integram uma organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram", destaca Vallisney.