Massacre no Norte do país chama a atenção para a pressão na maioria dos presídios mineiros. 'Minas não tem perda de controle, mas caminha para isso', adverte advogado
O massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, que deixou mais de 50 mortos, pelo menos 16 deles decapitados, faz soar o alarme sobre a situação no sistema prisional em outros estados, incluindo Minas Gerais, onde a superlotação é realidade na maior parte das unidades. Segundo dados divulgados pelo advogado especialista em assuntos prisionais Fábio Piló, ex-presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB/MG), o estado tem duas vezes mais detentos do que a capacidade de seus presídios: são aproximadamente 77 mil presos para 38 mil vagas. “Minas não tem esse panorama de perda de controle, mas caminha para isso”, alerta. Atualmente, 44,6% das unidades prisionais mineiras estão total ou parcialmente interditadas – ou seja, não podem mais receber internos.
Os quatro presos por suspeita de invadir os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, tiveram os sigilos bancários abertos e os bens acima de R$ 10 mil bloqueados. A Polícia Federalafirma ter identificado movimentação atípica nas contas de dois dos suspeitos: de R$ 424 mil em nome do DJ Gustavo Henrique Elias Santos, e de R$ 203 mil na conta de sua mulher, Suelen Priscila de Oliveira.A movimentação do dinheiro na conta de Gustavo, segundo a PF, ocorreu entre abril e junho de 2018, enquanto o valor relacionado à sua mulher, entre março e maio deste ano. O Relatório de Movimentação Financeira aponta ainda que a renda mensal declarada ao bancopelo DJ é de R$ 2.866, e a de Suelen, R$ 2.192. A defesa ainda não comentou sobre os valores.
A decisão pela quebra de sigilos dos suspeitos foi tomada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, responsável pelos inquéritos que apuram a invasão de celulares das autoridades. A Operação Spoofing, da Polícia Federal, prendeu ontem no interior de São Paulo e transferiu para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília o casal Gustavo e Suelen e os amigos Walter Dalgatti Neto e Danilo Cristiano Marques.
O juiz autorizou também busca e apreensão de veículos, computadores, notebooks, HDs, pendrives, CDs e DVDs em endereços frequentados pelos quatro suspeitos de violar as mensagens das autoridades.
Em sua decisão, Vallisney explicou que a Polícia Federal identificou a conexão que levou ao pedido de prisão dos quatro suspeitos a partir do número de celular do ministro Sergio Moro. Segundo a decisão judicial, a manipulação e uso dos números telefônicos das vítimas puderam ser feitos através de serviços de voz ou por aplicativos que modificam o número chamador.
Assim, os investigadores chegaram a uma rota de interconexão que envolvia a operadora de telefonia Datora Telecomunicações Ltda, detentora da tecnologia conhecida por VOIP, e a microempresa BRVOZ. Por meio dessa microempresa, o "cliente" conseguia realizar chamadas simulando ligações de qualquer número de telefone.
A prisão dos quatro suspeitos é temporária, com duração de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período, para obtenção de provas.
"Com efeito, há fortes indícios de que os investigados integram uma organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram", destaca Vallisney.
A decisão pela quebra de sigilos dos suspeitos foi tomada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, responsável pelos inquéritos que apuram a invasão de celulares das autoridades. A Operação Spoofing, da Polícia Federal, prendeu ontem no interior de São Paulo e transferiu para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília o casal Gustavo e Suelen e os amigos Walter Dalgatti Neto e Danilo Cristiano Marques.
O juiz autorizou também busca e apreensão de veículos, computadores, notebooks, HDs, pendrives, CDs e DVDs em endereços frequentados pelos quatro suspeitos de violar as mensagens das autoridades.
Em sua decisão, Vallisney explicou que a Polícia Federal identificou a conexão que levou ao pedido de prisão dos quatro suspeitos a partir do número de celular do ministro Sergio Moro. Segundo a decisão judicial, a manipulação e uso dos números telefônicos das vítimas puderam ser feitos através de serviços de voz ou por aplicativos que modificam o número chamador.
Assim, os investigadores chegaram a uma rota de interconexão que envolvia a operadora de telefonia Datora Telecomunicações Ltda, detentora da tecnologia conhecida por VOIP, e a microempresa BRVOZ. Por meio dessa microempresa, o "cliente" conseguia realizar chamadas simulando ligações de qualquer número de telefone.
A prisão dos quatro suspeitos é temporária, com duração de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período, para obtenção de provas.
"Com efeito, há fortes indícios de que os investigados integram uma organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram", destaca Vallisney.