domingo, 10 de fevereiro de 2019

Médicos de Bolsonaro veem melhora no quadro pulmonar e reduzem alimentação por soro


SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro está sem febre e apresenta boa evolução clínica, informou boletim médico divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein na tarde deste domingo. A pneumonia, diagnosticada na última quinta-feira melhorou significativamente, mas continua sendo tratada com os mesmos antibióticos.

O boletim ainda informou que “iniciou-se hoje a redução gradativa da nutrição parenteral”, ou seja, feita por outras vias que não a gastrointestinal, como as veias. A dieta cremosa, que Bolsonaro passou a seguir no sábado, segue mantida e “associada ao suplemento nutricional especializado por via oral”.

Neste domingo, Bolsonaro almoçou creme de mandioca com carne, gelatina e suplementos.

O presidente segue sob avaliação medica e ainda não há previsão oficial de alta.

Bolsonaro continua fazendo exercícios de fortalecimento muscular e de respiração. Na manhã deste domingo, Bolsonaro caminhou cinco vezes por um corredor do hospital, ida e volta, e, segundo a assessoria da Presidência da República, conseguia andar mais rapidamente do que no sábado. À tarde, ele caminhou mais um pouco e fez fisioterapia. Bolsonaro não precisa mais do apoio do andador para caminhar.

Por insistência medica, as visitas permanecem restritas. Bolsonaro passou o dia acompanhado da mulher, Michelle Bolsonaro, e do filho Carlos. Na noite de sábado, ele recebeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, mas não há informações se foi uma visita de cortesia ou de trabalho.

Segundo a assessoria da Presidência, Bolsonaro passa os dias no telefone e assistindo TV – não se sabe quais canais o presidente prefere.

No início da tarde, Bolsonaro divulgou um vídeo no Twitter em que, do leito hospitalar, reconhece que nem todos os brasileiros têm acesso a tratamentos médicos como o desfrutado por ele no Albert Einstein e promete melhorar o SUS. O presidente também agradeceu os médicos que o atenderam na Santa Casa de Juiz de Fora, na sequência do atentado à faca sofrido em 6 de setembro, durante um evento de campanha.

Bolsonaro também pediu que a Polícia Federal acelere as investigações sobre o seu atentado:

— Também espero que a nossa querida Polícia Federal, a polícia que nos orgulha a todos, tenha uma solução para o nosso caso nas próximas semanas. Esse crime, essa tentativa de homicídio, esse ato terrorista praticado por um ex-integrante do PSOL não pode ficar impune. E nós queremos, sim, e gostaríamos que a PF indicasse, obviamente com dados concretos, quem foi ou quem foram os responsáveis, por determinar que o Adélio praticasse aquele crime — disse.

Bolsonaro foi internado em 27 de janeiro para a retirada da bolsa de colostomia que carregava desde setembro, quando sofreu o atentado. Inicialmente, previa-se que a internação do presidente duraria cerca de dez dias. A data precisou ser revista depois de complicações na evolução do pós-operatório, como o diagnóstico de uma pneumonia. Não é incomum que pacientes submetidos a cirurgias abdominais semelhantes à de Bolsonaro sejam diagnosticados com pneumonia, o que pode estender o tempo de internação.

Fonte: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário