SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro está sem febre e
apresenta boa evolução clínica, informou boletim médico divulgado pelo Hospital
Israelita Albert Einstein na tarde deste domingo. A pneumonia, diagnosticada na
última quinta-feira melhorou significativamente, mas continua sendo tratada com
os mesmos antibióticos.
O boletim ainda informou que “iniciou-se hoje a redução
gradativa da nutrição parenteral”, ou seja, feita por outras vias que não a
gastrointestinal, como as veias. A dieta cremosa, que Bolsonaro passou a seguir
no sábado, segue mantida e “associada ao suplemento nutricional especializado
por via oral”.
Neste domingo, Bolsonaro almoçou creme de mandioca com
carne, gelatina e suplementos.
O presidente segue sob avaliação medica e ainda não há
previsão oficial de alta.
Bolsonaro continua fazendo exercícios de fortalecimento
muscular e de respiração. Na manhã deste domingo, Bolsonaro caminhou cinco
vezes por um corredor do hospital, ida e volta, e, segundo a assessoria da
Presidência da República, conseguia andar mais rapidamente do que no sábado. À
tarde, ele caminhou mais um pouco e fez fisioterapia. Bolsonaro não precisa
mais do apoio do andador para caminhar.
Por insistência medica, as visitas permanecem restritas.
Bolsonaro passou o dia acompanhado da mulher, Michelle Bolsonaro, e do filho
Carlos. Na noite de sábado, ele recebeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, mas não há informações se foi uma visita de cortesia ou de trabalho.
Segundo a assessoria da Presidência, Bolsonaro passa os dias
no telefone e assistindo TV – não se sabe quais canais o presidente prefere.
No início da tarde, Bolsonaro divulgou um vídeo no Twitter
em que, do leito hospitalar, reconhece que nem todos os brasileiros têm acesso
a tratamentos médicos como o desfrutado por ele no Albert Einstein e promete
melhorar o SUS. O presidente também agradeceu os médicos que o atenderam na
Santa Casa de Juiz de Fora, na sequência do atentado à faca sofrido em 6 de
setembro, durante um evento de campanha.
Bolsonaro também pediu que a Polícia Federal acelere as
investigações sobre o seu atentado:
— Também espero que a nossa querida Polícia Federal, a
polícia que nos orgulha a todos, tenha uma solução para o nosso caso nas
próximas semanas. Esse crime, essa tentativa de homicídio, esse ato terrorista
praticado por um ex-integrante do PSOL não pode ficar impune. E nós queremos,
sim, e gostaríamos que a PF indicasse, obviamente com dados concretos, quem foi
ou quem foram os responsáveis, por determinar que o Adélio praticasse aquele
crime — disse.
Bolsonaro foi internado em 27 de janeiro para a retirada da
bolsa de colostomia que carregava desde setembro, quando sofreu o atentado.
Inicialmente, previa-se que a internação do presidente duraria cerca de dez
dias. A data precisou ser revista depois de complicações na evolução do
pós-operatório, como o diagnóstico de uma pneumonia. Não é incomum que
pacientes submetidos a cirurgias abdominais semelhantes à de Bolsonaro sejam
diagnosticados com pneumonia, o que pode estender o tempo de internação.
Fonte: O Globo
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